Usina Pedrosa

Localizada no município de Cortes, foi fundada em 1891 por três genros e um filho do coronel Manoel Gomes da Cunha Pedrosa, o Barão de Bonito: João de Siqueira Barbosa Arcoverde, Suiteberto de Siqueira Barbosa Arcoverde, José Belarmino Pereira de Melo e Antônio Parízio da Cunha Pedrosa, que receberam concessão para construir a usina no engenho Flor da Ilha.

O nome da usina é uma homenagem ao coronel Manoel Gomes da Cunha Pedrosa, que havia recebido o título de Barão de Bonito quatro anos antes da sua construção . Era a época da decadência dos engenhos banguês que fabricavam açúcar bruto e aguardente e foram substituídos pelas usinas que passaram a fabricar o açúcar cristal e o álcool.

Para administrar a usina foi criada a firma Arcoverde, Pereira & Parízio. A empresa funcionou bem até a morte do Barão de Bonito e o desligamento dos sócios João Siqueira Barbosa Arcoverde e Suiterberto Siqueira Barbosa Arcoverde, em 1901.

A usina ficou então sob a gerência de José Piauhylino que a conduziu até o seu falecimento em 1906. Em 1910, a usina foi vendida para o coronel Arthur de Siqueira Cavalcanti e seu sócio Antônio Minervino de Moura Soares.

Em 1917, Antônio Minervino vendeu a sua parte, ficando o coronel Arthur Siqueira Cavalcanti como único proprietário até a sua morte aos 54 anos, em 1918. De 1918 até 1965 a usina foi dirigida pelos seus filhos e genros. Em 1929, a usina possuía um grande número de propriedades agrícolas, com capacidade de produção de 70.000 toneladas de cana. Tinha uma via férrea de 34 quilômetros, cinco locomotivas e 110 carros e vagões. Possuía capacidade para processar 500 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 200 operários.

Nos anos de 1945 a 1955, havia na usina o Cine Pedrosa, composto por 230 cadeiras exibindo filmes às quartas-feiras e domingos. Nos filmes de Carlitos e do Gordo e o Magro cinema ficava lotado. Em 1965, a usina foi vendida a um grupo composto por Severino Barbosa de Farias, seu filho Antônio Farias, Torquato de Castro, José Cordeiro de Castro, Leonardo do Monte, Rubem Monte e Aluízio Freire.

Os novos donos acabaram com as estradas de ferro e locomotivas (transformados em ferro-velho), compraram tratores e caminhões e iniciaram a construção de estradas de rodagem.

Com a morte do seu pai Severino Farias e o desligamento da empresa dos outros sócios, Antônio Farias passou a ser o único proprietário da usina, na qual fez grandes transformações tornando-a mais moderna. Substituiu toda a maquinaria, construiu uma destilaria de álcool (25.000 litros/dia), silos e comprou propriedades. De 1965 a 1982 a Usina Pedrosa dobrou sua capacidade produção de cana e passou de 200.000 sacos de açúcar para 500.000.

Em 1982, Antônio Farias tendo que administrar duas destilarias no Rio Grande do Norte, a usina Pedrosa e um mandato de deputado federal por Pernambuco, passou a responsabilidade administrativa da usina para seu filho Eduardo Farias, que, juntamente com sua mãe Geralda Farias, são os atuais proprietários e administradores da usina Pedrosa.

Agora no ano 2023 a usina esta em fase de desmanche a ser transferida toda a estrutura para outras empesas do Grupo Farias. 

GASPAR, Lúcia. Usina Pedroza. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/usina-pedroza/. Acesso em: 27 fev 2023.)

Contato: 81 9.8482-1828 Guia

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